Ontem éramos grandes, em corpos pequenos
Hoje, minúsculos seres com pés colados ao chão.
As coisas mudam...
E nossas reticências são seguidas à passos curtos.
O luto do amor perdido torna-se moderado
E a vida que parecia ter acabado colore-se novamente.
Mudando, aprendemos a errar com mais competência,
afinal, é preciso competência para saber-se quando se erra.
Os conceitos de vida, de visão, de sobrevivência
Tudo vai oscilando, tanto quanto o tempo remetido ao acaso.
Que ao acaso, nos leva para terras distantes de interrogações,
Indagações que refletem em descobertas tão diferentes das expectativas.
A resposta de meu pai, talvez fosse uma pergunta.
A pergunta de minha mãe, talvez fosse uma resposta.
Tentamos mudar o mundo, e o mundo é que nos muda.
Lutamos para desmascarar e fazer cair por terra os segredos da vida,
Mas ao longo da batalha, notamos que só temos uma mão para empunhar a espada,
pois a outra nos serve para segurar à face a própria máscara.
As coisas mudam, e descobrimos os caminhos construídos dentro de nós.
Deixamos sempre algumas lembranças guardadas em nossos arquivos cerebrais,
para que se um dia nos perdermos de nós mesmos, sabermos o caminho de volta.
Lembranças...
Mudar, crescer, progredir...
Seguir...
Engatinhando na vida é que aprendemos um dia a correr.
E é nessa corrida que enfim descobrimos o quanto mudamos,
E o quanto as pessoas e as coisas à nossa volta mudaram também.